domingo, 31 de outubro de 2010

Presidenta


Hoje se elegeu a primeira mulher presidente do Brasil. Mais uma para a América do Sul – além de Cristina Kirshner e Michele Bachelet. Isso nos mostra uma mudança em relação à visão dos gêneros? Sim. Inclusive pode-se dizer que é uma vitória para as mulheres. Vitória até gramatical pela possibilidade de escrever, dizer PRESIDENTA. A desinência de gênero não é mera formalidade dentro de uma língua cujo padrão é masculino. Língua essa que reflete a cultura. 

Entretanto, o feminismo não supera o realismo. A primeira presidenta não representa uma mudança radical, foi rejeitada por muitos eleitores, inclusive por aqueles e aquelas que, como eu, decidiram em que NÃO votar e ajudaram a colocá-la no poder. 

Em minha primeira eleição, votei no Lula. Ele ganhou e foi extremamente emocionante saber o resultado das urnas e depois vê-lo receber a faixa de presidente da república. Foi bonito. 

Dessa vez não senti tanta emoção, é mais apreensão pelas cenas do próximo capítulo. Porém não podemos ser apenas espectadores como temos sido. Temos que ser muitas presidentas, sejamos homens ou mulheres, e provocar uma mudança que vá além do gênero do substantivo.

2 comentários:

Catchita Iana disse...

Bom, acho que a gente ta pagando pra ver o que acontece, né? mas a grande verdade é que nada muda se a gente nao mudar. como diria um grande amigo meu: nasce de você a evolução. entao, vamos começar a pensar em como nao deixar que tudo acabe em uma grande m.. como sempre.

Luana disse...

Estava passeando pelos blogs por aí, e achei aqui! Gostei! :) Estou seguindo! Depois dá uma passada no meu pra conhecer!

Beijos :)