quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Juliana

Ganhara uma boneca feia, como a maioria das bonecas era. Mas encantadora aos seus olhinhos. No dia seguinte ao aniversário acordara cedo com medo de que o presente fosse apenas sonho.
Lá estava, sua boneca e melhor amiga. O nome escolhido foi Juliana. Ficavam deitadas na cama conversando por horas, contavam segredos uma para a outra. Eram mãe e filha, vice-versa. As melhores horas do dia, só não podia levá-la à escola. Não tinha problema, lá falava muito sobre a sua Juliana.
- Filha, se arrume que vamos sair.
- Posso levar Juliana, mãe?
- Hoje não, filha.
A menininha foi triste e ficou amuada na casa da madrinha, sem beber refrigerante nem comer o brigadeiro da festa do priminho.
- Filha, vou te levar ao médico, acho que está doente.
- Posso levar Juliana?
- Médico não é lugar de brinquedos. Ainda mais essa boneca grande.
E mais triste a amuada ficou a menina.
Não gostava de passear, nem ir à lanchonete que tanto gostava se não pudesse levar Juliana.
- Filha, hoje nós vamos á festa da tia Jô.
- Não quero, mamãe. Quero ficar com Juliana.
- Está bem, hoje não te levo, fique brincando.
Uma alegria imensa tomou o peito, todo o corpo da menina. Nem esperou a mãe sair, correu para o quarto. Juliana a esperava na cama. Deitou-se em seu colo e Juliana a pôs para dormir com histórias e cantigas. Assim que a menina adormeceu, Juliana a colocou na prateleira de brinquedos, voltou para a cama e dormiu.

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