sábado, 3 de janeiro de 2009

Feliz ortografia nova!

Tive a ideia de pegar o voo no turno. Maravilha! Todos dormindo, um silêncio autopiedoso. Maravilha mesmo! Não aguentava mais toda aquela agitação de festas. Por que as pessoas ficam tão histéricas? Parece que o mundo vai acabar e hoje é o último dia pra sofrer um acidente e morrer! Simplesmente não faz sentido. Dá vertigem, dá enjoo de existir. Mesmo assim a gente viaja e depois percebe que tomou a decisão mais estúpida do mundo. Mas fazer o quê, né? Já estamos fora de casa, sendo recebidos por amigos bêbados que acham que a vizinhança toda cabe num micro-ônibus que vai até a praia. Igualmente lotada. Cinquenta por cento da praia é composta por crianças perdidas e os outros cinquenta, por pais irresponsáveis que não estão nem aí. Suportei dois dias, mas quando me lembrei da queima de fogos, do banho de champanhe e dos abraços de feliz ano novo resolvi: volto ainda hoje! E daí ser chamada de antissocial? Sou mesmo! E por isso amei o voo das 21horas na véspera do ano novo. Poucas pessoas, ninguém pra conversar. Um livro sobre Antiguidade e nenhuma história pra contar.

3 comentários:

Unknown disse...

Nossa Síl!!
Adorei este conto... lembrei-me das aulas de oficina literária e vc mais uma vez me inspirou a fazer algo pela minha literatura escondida na gaveta do meu cérebro.
Seus contos são geniais!!
Vou ainda escrever sobre eles!!
PS: Já estou escrevendo.... kkk

Silvia Barros disse...

Q bom q vc gostou, Sue! Vamos abrir nossas gavetinhas!

Anônimo disse...

Um bom e velho livro sempre salvando nossas vidas.